Os 700 Anos do Edifício da Casa do Infante no Porto, erguido em 1325 por ordem de D. Afonso IV é um dos tesouros mais antigos e emblemáticos de Portugal…
Em 2025, a vibrante cidade do Porto celebra um marco histórico de peso: os 700 anos da construção do edifício da Casa do Infante, um dos tesouros mais antigos e emblemáticos de Portugal. Erguido em 1325 por ordem de D. Afonso IV, o monarca pretendia ali instalar o “almazém régio” – uma alfândega real destinada a controlar o comércio fluvial do Douro, desafiando assim o poder do bispo local, que detinha influência sobre o burgo portuense. Inscrito no silhar por João Anes Melacho, o pedreiro responsável pela obra, esse espaço inicial era vasto, com duas torres imponentes que o tornavam o maior edifício da cidade na época, funcionando como armazém, residência para funcionários reais e, a partir de 1369, como Casa da Moeda, produzindo a cunhagem local até 1721.
Os 700 Anos do Edifício da Casa do Infante no Porto
A tradição oral, corroborada por indícios históricos, batizou o local como “Casa do Infante” em homenagem ao nascimento de D. Henrique, o Navegador, em 1394 – filho de D. João I e Filipa de Lencastre. Embora não haja provas documentais irrefutáveis (o casamento real ocorrera na Sé do Porto dias antes, em meio a uma guerra com Castela), o edifício serviu como residência nobre para a família real durante visitas oficiais, e o batizado do infante foi ali festejado com pompa, como atestam pergaminhos com registos de despesas guardados no Arquivo Histórico Municipal, sediado no local. Henrique, pioneiro das explorações marítimas portuguesas rumo à África Ocidental, simboliza o espírito de descoberta que ecoa nas veias do Porto ribeirinho.
Ao longo dos séculos, a Casa do Infante adaptou-se a múltiplos usos: de alfândega medieval a prisão, de residência real a depósito de mercadorias vindas de Veneza e do Norte da Europa. Remodelada no século XVII e declarada Monumento Nacional em 1924, revelou-se, em escavações do século XX, vestígios de um palácio romano dos séculos IV-V, testemunhando camadas de história que vão do Império Romano à Idade Média. Hoje, gerida pelo Museu da Cidade do Porto, abriga exposições sobre a navegação henriquina, um modelo em escala da cidade medieval, o Arquivo Histórico e relíquias da ocupação romana – tudo num espaço museológico que convida à imersão no passado.
As comemorações dos 700 anos, inauguradas em março de 2025 – mês do nascimento do Infante –, prometem um ano repleto de eventos que honram essa herança multifacetada. O programa, organizado pelo Museu do Porto, inclui sete momentos emblemáticos: concertos de música antiga (como o de abertura pelo Sete Lágrimas Ensemble, recriando as festas de 1394), uma exposição temporária sobre o edifício, um colóquio com historiadores como Alexandre Quintanilha e Germano Silva, tertúlias literárias, uma brochura ilustrada e oficinas para o público jovem. Iniciativas como o ciclo “Resgate” e visitas guiadas integram-se ao calendário regular, destacando o Arquivo como “lugar de conhecimento partilhado” por gerações de portuenses.
Num Porto que pulsa entre o Douro e o Atlântico, a Casa do Infante não é apenas pedra e memória; é o coração pulsante de uma cidade que, há sete séculos, ousou sonhar com horizontes novos. Visite-a na Praça do Infante D. Henrique, e sinta o eco das caravelas que partiram dali para mudar o mundo.Rápidoagora em um artigo para websiteCasa do Infante: 700 Anos de História no Coração do Porto
Em 2025, a cidade do Porto celebra um marco extraordinário: os 700 anos da Casa do Infante, um dos seus edifícios mais icônicos e carregados de história. Construído em 1325 por ordem de D. Afonso IV, este monumento nasceu como “almazém régio”, a primeira alfândega real do Porto, destinada a gerir o comércio no rio Douro. Mais do que um armazém, a Casa do Infante foi palco de momentos cruciais da história portuguesa, desde residência real até Casa da Moeda, e é hoje um símbolo da alma portuense.
Uma História que Atravessa Séculos
Com suas robustas torres medievais, a Casa do Infante foi erguida para afirmar o poder régio frente à influência do bispo do Porto. Inscrita no silhar pelo mestre pedreiro João Anes Melacho, a construção original era a maior da cidade, servindo como alfândega, residência de funcionários reais e, a partir de 1369, como Casa da Moeda até 1721. A tradição associa o nome ao Infante D. Henrique, o Navegador, que teria nascido ali em 1394, filho de D. João I e D. Filipa de Lencastre. Embora sem prova documental definitiva, registos de despesas no Arquivo Histórico Municipal confirmam celebrações grandiosas para o batizado do infante, marcando o edifício como um espaço de prestígio real.
Ao longo dos séculos, a Casa do Infante adaptou-se a múltiplos papéis: prisão, depósito de mercadorias de Veneza e do Norte da Europa, e até testemunha de ocupações romanas, reveladas por escavações no século XX que desenterraram vestígios de um palácio dos séculos IV-V. Declarado Monumento Nacional em 1924, o edifício é hoje parte do Museu da Cidade do Porto, abrigando o Arquivo Histórico, exposições sobre a era henriquina e relíquias romanas.
Comemorações dos 700 Anos
As celebrações do 700.º aniversário, iniciadas em março de 2025 – mês do nascimento de D. Henrique –, trazem um programa vibrante que reflete a riqueza histórica do monumento. Organizado pelo Museu do Porto, o calendário inclui:
Concertos de música antiga: A abertura contou com o Sete Lágrimas Ensemble, recriando as festividades de 1394.
Exposição temporária: Um mergulho na evolução do edifício, com artefactos e modelos da cidade medieval.
Colóquio histórico: Com especialistas como Alexandre Quintanilha e Germano Silva, explorando a relevância da Casa do Infante.
Tertúlias e oficinas: Atividades para todas as idades, promovendo o Arquivo como espaço de conhecimento partilhado.
Visitas guiadas e ciclo “Resgate”: Experiências que conectam o público à história viva do Porto.
Visite a Casa do Infante
Localizada na pitoresca Praça do Infante D. Henrique, na Ribeira, a Casa do Infante é mais do que um museu – é um portal para os últimos sete séculos da história portuense. Explore as exposições interativas, admire o modelo em escala do Porto medieval e descubra os segredos do Arquivo Histórico. Aberto ao público, o espaço convida visitantes a sentir o pulsar de uma cidade que, a partir deste edifício, lançou caravelas rumo ao mundo.
Junte-se às comemorações e venha celebrar os 700 anos da Casa do Infante, onde o passado ganha vida e o futuro do Porto continua a ser escrito.
Horários e informações: Consulte o site do Museu da Cidade do PortoMuseu da Cidade do Porto para detalhes sobre eventos e ingressos.
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