O grupo português de percussão Be-dom estreia o espetáculo ‘The Beat Bang!’, no Festival Fringe de Edimburgo, que hoje se inicia, considerado o maior festival de artes performativas do mundo, uma “catapulta internacional” para o coletivo…
Bidões, latas, garrafas, ferros, paus, tachos e panelas e até o próprio corpo. Tudo o que emita som pode ser transformado no próximo instrumento dos be-dom, grupo valonguense que usa a percussão para criar um espectáculo não só musical mas também teatral, de dança e comédia e, acima de tudo, interactivo. Quase tudo o que os be-dom usam em palco, os seus instrumentos, cenários e roupas é construído através da reciclagem de coisas que para os outros já não têm valor. Reciclagem, reutilização e sustentabilidade são mensagens que tentam passar para o seu público.
“Foi de lá que a maioria das nossas oportunidades internacionais surgiram e muito naturalmente ganhámos um hábito de estrear criações novas no Fringe“, afirmou Raul Manarte à Lusa, um dos membros fundadores do be-dom.
A projeção internacional obtida nas presenças anteriores, em 2010 e 2014, concretizou-se em convites para atuações em Inglaterra, Alemanha, Bahrein e Macau.
“Os nossos objetivos são sempre múltiplos: inovação artística do nosso ‘show’, críticas positivas e assegurar outras oportunidades de atuação internacionais – no mês de agosto, em Edimburgo, estão promotores e ‘scouts’ de todo o globo, relacionados com o mundo do espetáculo“, acrescentou Manarte, que profissionalmente é psicólogo e investigador.
O espetáculo dos be-dom vai estar em cena até ao dia 29 de agosto, no Assembly Hall, um edifício histórico propriedade da Igreja anglicana escocesa.
Naturais do Valongo, Porto, os be-dom formaram o grupo em 1999 e usam bidões, latas, garrafas, ferros, paus, tachos e panelas e até o próprio corpo. Tudo o que emita som pode ser transformado no próximo instrumento dos be-dom, grupo valonguense que usa a percussão para criar um espectáculo não só musical mas também teatral, de dança e comédia e, acima de tudo, interactivo. Quase tudo o que os be-dom usam em palco, os seus instrumentos, cenários e roupas é construído através da reciclagem de coisas que para os outros já não têm valor. Reciclagem, reutilização e sustentabilidade são mensagens que tentam passar para o seu público.
O Festival Fringe surgiu em 1947, como uma alternativa ao Festival Internacional de Edimburgo, e a sua programação vai do circo à comédia, do teatro e da ópera, à dança e às artes plásticas.
Este ano estão programadas 3.314 espetáculos de 49 países, em 313 espaços diferentes da cidade escocesa, de 07 a 31 de agosto.