Sérgio Conceição: “Vivo o momento sem pensar nas câmaras”

Regresso a uma casa onde o FC Porto foi feliz na temporada passa:
Esse jogo foi importante no passado, rumo à conquista do campeonato. Historicamente estamos a falar de um jogo muito difícil, onde vamos defrontar jogadores com bastante qualidade, apesar de não estarem tão regulares como na época anterior.

Marítimo mais frágil do que em épocas anteriores:
Olhamos para o Marítimo como um jogo onde vamos tentar procurar explorar fragilidades e estar precavidos para os pontos positivos que também têm. Desconfio sempre da má forma das equipas quando jogam contra nós.

Muitas opções a meio-campo:
Temos cinco, seis soluções interessantes para o meio campo. Cabe-me escolher. Fico satisfeito por ter essas boas dores de cabeça.

A conversa com Sérgio Oliveira no fim do FC Porto-Varzim:
“Fiquei estupefacto, nomeadamente com um jornal e com o jornalista Octávio Ribeiro, que falou sem saber. Aquilo que fiz foi o que faço noutros casos, talvez não com tanta visibilidade. Nos momentos difíceis, estou sempre com os meus jogadores. O que disse ao Sérgio foi que aquilo aconteceu porque ele esteve com um espírito menos positivo nas últimas duas ou três semanas, mas também lhe disse que confio plenamente nele e que gosto dele. E dei-lhe um abraço. Ele foi-me respondendo e a certa altura estávamos ali em amena cavaqueira, mas eu vivo o momento sem pensar nas câmeras. Foi algo intuitivo, mas senti que tinha de lhe dar mão e dizer calma, isto acontece. Disse-lhe que tem o meu apoio, que é um jogador que conta para mim e que gosto dele. Penso em todos os jogadores, mas o jogador que mais me preocupa chama-se equipa.”

A equipa que defrontou o Varzim:
“Para assumir aquele onze, com jogadores menos utilizados, é porque tinha uma grande confiança neles. Era um jogo decisivo: ou ganhávamos ou ganhávamos. Já disse anteriormente que não são 90 minutos que definem o que é um jogador. Tenho confiança em todos e esse é o discurso que tenho no balneário e cá fora.”

Campeonato mais difícil e competitivo:
Acho que está a ser um início de campeonato mais difícil. Considero que vai ser mais difícil conquistar os três pontos e fazer tantos pontos como na época anterior, e isso deve-se a um campeonato um pouco mais competitivo.

Entrega da braçadeira a Sérgio Oliveira:
Dei porque era o jogador mais antigo do clube e porque achei que devia ser o capitão daquele clube. É sempre um grande orgulho ser capitão neste clube. Falamos de um jogador que tem muito conhecimento do clube e que pode dar grande estabilidade ao grupo.

A saída de José Peseiro do Sporting:
Cada vez mais as pessoas olham para o resultado para o momento. Na minha opinião cometem-se erros. Tive oportunidade de enviar uma mensagem de José Peseiro e quis estar com ele neste momento difícil, tal como ele esteve comigo num momento difícil da minha carreira – ligou-me e esteve à conversa comigo durante 15 minutos, e eu não me esqueço disso. Considero a demissão de Peseiro tremendamente injusta, mas não tenho de me meter na vida dos outros clubes. Com certeza o presidente do Sporting achou melhor tomar esta decisão, eu estou a falar pela pessoa, e pelo amigo José Peseiro.