Sérgio Conceição: “o mais importante são os jogadores que tenho à disposição”


Sérgio Conceição diz não esperar facilidades diante do Guimarães, o treinador do FC Porto abordou também a reta final do mercado, a reintegração de Marega e ainda a chamada de Felipe à seleção brasileira…

O treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, diz não esperar facilidades diante do Vitória de Guimarães, pese embora a série de três derrotas consecutivas pela qual atravessa a equipa de Luís Castro. Falando na conferência de imprensa de antevisão ao encontro da terceira jornada, o técnico abordou, ainda, a reintegração de Marega e a chamada de Felipe à seleção brasileira.

Partida com o Vitória de Guimarães: Esperamos um jogo difícil, perante uma equipa que se reforçou muito bem. É, talvez, o plantel mais equilibrado do Vitória nos últimos anos. Nos jogos oficiais tem três derrotas, mas os jogos são todos diferentes e com certeza querem inverter isso amanhã. Esperamos um jogo muito difícil, talvez o mais difícil que esperamos ter até hoje. Temos que fazer aquilo que procuramos sempre, que é jogar no máximo da vontade de vencer, dentro de uma dinâmica habitual, e ganhar os três pontos.

Momento negativo do Vitória: Já tive situações em que tive vários jogos sem ganhar, e encaramos sempre o próximo jogo como uma oportunidade de inverter o ciclo, de conseguir um resultado positivo. Penso que, jogando com um grande, haverá menos responsabilidade, mas pensarão que é o ideal para inverter o ciclo. Não estamos à espera de facilidades, não preparámos o jogo com esse pensamento.

Reta final do mercado: Todas essas questões ficam à porta do Olival. A partir do momento em que começaram as competições oficiais, não falo mais do mercado, até porque o mais importante são os jogadores que tenho à disposição, com quem posso contar. Têm demonstrado todos os dias a continuidade do espírito que tivemos no ano passado. Uma grande ambição, sabemos o que nos levou a ter sucesso e, se possível, fazer ainda melhor do que no ano passado.

Reintegração de Marega: Começou a treinar com o grupo esta semana. Neste momento, sinto o Marega comprometido, a treinar de uma forma normal. É mais um jogador que temos à disposição para poder utilizar quando eu assim o entender.

Marega na convocatória: Nunca divulguei os jogadores convocados para cada jogo antes do jogo. Vocês sabem o que se passou, há um momento em que o próprio grupo de trabalho sente e vem falar com o treinador no sentido de incluir o Marega, porque sentiram que era momento de falar comigo e com o presidente. Senti que era isso que toda a gente queria, não há razão para não o fazer. Momentos menos bons toda a gente passa, não têm de ser eternos. Foi um processo, não fácil, mas normal. O jogador tem que estar bem fisicamente, em termos da resposta que dá no treino, as questões emocionais são importantes… Envolve uma série de caraterísticas para que esteja disponível para o jogo. Está em igualdade de circunstâncias com os outros jogadores.

Éder Militão: É um jogador que vem de um campeonato completamente diferente do nosso, tem que ter o seu tempo para perceber os processos da equipa. Num pormenor defensivo ou ofensivo, pode-se ganhar ou perder um jogo. Sou muito rigoroso, quando sentir que está completamente integrado com os princípios da equipa, terá a sua oportunidade.

Posição de Éder Militão: Vi-o a jogar a médio-defensivo, a lateral-direito, a central… Tem essa qualidade para fazer mais do que uma posição. Vai depender daquilo que a equipa necessitar no momento. É um jovem, mas com uma base muito interessante, bem formado.

Felipe na seleção brasileira: É justa, assim como o Alex Telles tem potencial para representar a seleção brasileira. Ficámos extremamente felizes, é totalmente merecido. Tem um potencial enorme, é um central com uma capacidade acima da média. Estas são as nossas vitórias, sinto-me vaidoso com isso. Foi pela qualidade do Felipe, mas foi depois de um ano de sucesso connosco. Ele e o Alex já mereciam ser chamados há mais tempo.

Golos sofridos contra o Belenenses: Trabalhámos e olhámos para as imagens de uma forma em que todos concordaram que foi um mau jogo da nossa parte. Não fomos iguais a nós próprios. Sem bola tivemos muita dificuldade. Nos momentos ofensivos, tudo partia de momentos defensivos em que não éramos eficazes. Foi talvez o pior jogo do FC Porto desde que assumi este cargo. Houve muita coisa que não correu bem.

Dragão cheio contra o Vitória: Temos tido, desde que assumi esta função, um apoio fabuloso. Saímos da região Norte e temos um apoio fantástico, talvez mais do que as equipas da capital que jogam no Sul. No Jamor, tivemos um apoio fantástico. Essa aproximação e confiança tem a ver com a forma de estar da equipa, com as nossas vitórias e com este mar azul. Toda a gente tem um espírito fantástico. Espero que, quando as coisas correrem menos bem, que estejam presentes e apoiem da mesma forma.