Na a antevisão da receção do FC Porto ao Paços de Ferreira, esteve praticamente centrada na escolha entre Iker Casillas e José Sá para a baliza portista, Sérgio Conceição demonstrou-se incomodado com tudo aquilo que tem sido veiculado na comunicação social…
Sérgio Conceição esteve, esta sexta-feira, em conferência de imprensa onde fez a antevisão da receção do FC Porto ao Paços de Ferreira, relativa à 9.ª jornada da I Liga, agendada para sábado às 20h30.
Numa conferência que esteve praticamente centrada na escolha entre Iker Casillas e José Sá para a baliza portista, o técnico do FC Porto demonstrou-se incomodado com tudo aquilo que tem sido veiculado na comunicação social.
Espírito após derrota: “Nós não esperávamos esta derrota contra esta equipa alemã, mas já faz parte do passado. Já dissecámos aqueles que foram os erros que cometemos. Mas isso faz parte do passado recente. Obviamente que temos de olhar para ele para corrigir alguns erros. Temos de fechar a cortina da Liga dos Campeões e pensar no campeonato que é o mais importante. O Paços até pode ditar alguma facilidade, naquilo que é o plano teórico, mas nós esperamos um adversário complicado e que vem cá dificultar a nossa tarefa.”
Casillas ou José Sá: “Nunca disse quem é que iria jogar no dia seguinte. Vocês jornalistas podem fazer as perguntas que quiserem, eu respondo ao que entender. Foi uma opção técnica. Vamos lá ver uma coisa… Eu sempre disse que todo o plantel do FC Porto está em condições de competir por um lugar na equipa. Só assim é possível tornar um plantel competitivo. Isso tem a ver com aquilo que é o adversário, tem a ver as características do próprio, tem a ver com a semana de trabalho e treino dos jogadores. Se assim não for, não temos um plantel forte e não temos jogadores a lutar por um lugar na equipa. Obviamente que a competitividade tem de estar numa primeira linha naquilo que sou eu como líder. Se calhar há outros que não olham tanto para isso. Há outros que olham para o estatuto, os olhos, a pele, o alto, o baixo… Se formos andar por aí… Eu sento-me à frente do nosso presidente e vejo uma pessoa que tem 58 títulos… Eu quase que não tenho capacidade para olhar, olhos nos olhos, o meu presidente. É inigualável. É o presidente mais titulado do mundo. A única grande referência que temos no clube é o nosso presidente… O Júlio César tem 26 títulos e está no banco. E ninguém puxou por que o Júlio César ficou no banco. Não houve alarido. Estou só a dar um exemplo… O Iker é um jogador que tem trabalhado. Como pessoa, não há nada dizer. Tem um comportamento fantástico.”
O técnico abordou a questão da titularidade da baliza portista: “Acho estranho num jornal vir ‘Frango de José Sá’ e no outro ‘Perdoado’”
Titular frente ao Paços: “O José Sá tem um problema grande. O José tem a barba maior daquilo que deveria ter. Um guarda-redes sem barba é perdoado pelo erro que faz. Um ‘frango de José Sá’… e um frango de outro guarda-redes e que se calhar não tem barba, tem borbulhas e 18 anos. Se calhar é mais perdoado que perante um guarda-redes que é português. Que talvez, depois de Rui Patrício, é o guarda-redes com mais qualidade para assumir a baliza de Portugal e toda a gente o massacra. Por um erro, e nem sei se é um erro, porque faz parte do jogo. O que eu acho estranho é num jornal vir ‘Frango de José Sá’ e no outro vir ‘Perdoado’. Eu já mandei cortar a barba ao José Sá. Assim vamos ficar equivalentes.”
Casillas: “Se fosse um problema disciplinar não teria sido convocado. O que se tem dito é ridículo. Eu não percebo o porquê deste alarido todo. Eu não percebo que máquina está aqui a funcionar. Por eu ter uma decisão sobre quem será o dono da baliza do FC Porto. É uma opção puramente técnica. Não houve nada. Nem telemóvel, nem discussão… Perguntem ao Iker. Façam uma coisa, eu acabo esta conferência, eu chamo-o aqui e perguntem-lhe se houve algum problema com o treinador. Ele diz como disse à frente de todos os jogadores. Zero. É opção! Posso tomar uma opção? Ou tenho que ouvir os comentadores? A mim não me interessa se se chama Manel, António… Para mim o que conta é o rendimento. Estatuto é igual ao rendimento.”
Resposta pós-jogo europeu: “Temos toda a ambição de conseguir um resultado positivo, conquistar os três pontos. O FC Porto é uma equipa que luta sempre por títulos e pelos resultados. Isso não vai deixar de acontecer no jogo de amanhã. Este jogo que passou foi de aprendizagem. Não há derrotas boas. Mas há momentos em que nós temos de perceber que do outro lado também há jogadores com qualidade. Temos de manter a humildade, o trabalho e o foco. Temos de trabalhar sempre no limite e não podemos relaxar em nenhum momento. O futebol é isto. Temos de ganhar jogos. Temos uma responsabilidade muito grande e temos de dar uma resposta positiva no campeonato. Quando recebermos o Leipzig também devemos dar uma resposta. Não se preocupem com isso, nem mesmo os pseudo portistas.”