Sérgio Conceição fez esta sexta-feira a antevisão da partida da sua equipa frente ao Vitória de Setúbal, jogo da 22.ª jornada da Liga NOS…
Depois das emoções dos oitavos de final da Liga dos Campeões, o FC Porto volta a centrar atenções no campeonato. Sérgio Conceição acredita que os campeões nacionais vão colocar um ponto final numa série de três jogos sem vencer e que vão regressar aos triunfos no desafio com os sadinos, que considera “uma equipa poderosa em termos físicos e com boas individualidades”.
O duelo com o Vitória de Setúbal, referente à 22.ª jornada da I Liga, está agendado para a noite de sábado (20h30), no Estádio do Dragão. O FC Porto é líder isolado, com 51 pontos, já o Vitória de Setúbal segue na 12.ª posição, com 22.
Fique com as principais declarações:
As análises da opinião pública: A análise que a opinião pública faz é aos resultados. A melhor exibição que fizemos foi contra o Vitória de Guimarães, mas só se falou do empate e dos dois pontos que deixámos lá. O que quero ver amanhã, no fim do jogo, é uma vitória do FC Porto. Isso é o mais importante.
O Vitória de Setúbal: A equipa não marca muito desde que trocou de treinador, mas também não sofre muito. Mudou a sua estrutura habitual e tem jogado mais em 4-4-2, é uma equipa poderosa em termos físicos e com boas individualidades. O jogo será mais ou menos difícil consoante aquilo que o FC Porto fizer. Vamos ter de trabalhar muito para ganhar o jogo.
Três jogos consecutivos sem vencer: Estou plenamente convencido de que acabou a série de maus de resultados, mas já se sabe que no futebol há sempre três resultados possíveis. Acredito que amanhã vamos fazer um bom jogo, mas principalmente que vamos ganhar.
A praga de lesões: Temos sofrido um bocadinho com as lesões. O Brahimi está fora do jogo de amanhã. Como disse na antevisão do jogo com a Roma, sou pago para encontrar soluções e nunca me vou desculpar com as ausências. Aboubakar, Marega e Brahimi são três jogadores que estiveram em quase 60% dos nossos golos na época passada, mas há outros. Os jogadores estão preparados e a força do nosso balneário e da nossa equipa é essa. Todos estão preparados para jogar. Gostava de ter toda a gente disponível, mas não há que chorar sobre isso e tenho confiança total no grupo. Mesmo com as lesões, não foi por isso que não tivemos uma grande série de jogos sem perder. Temos de ser inteligentes e criativos na forma como trabalhamos a equipa mesmo com as ausências. Essas ausências não podem interferir na nossa preparação e na confiança dos outros jogadores. Os jogadores que estão disponíveis são os mais importantes neste momento.
Proximidade dos rivais: Nunca jogámos sentindo que estávamos confortáveis em relação ao segundo classificado ou ao terceiro. Aconteceu esta fase, na qual tivemos 45 minutos fracos, que foram os segundos 45 minutos contra o Moreirense. Há fases em que a bola vai ao poste e vai parar ao pé de um adversário, enquanto nós rematamos à trave e a bola vai para fora. Com os jogadores que temos disponíveis, vamos tentar colocar o melhor onze para ganhar o jogo. Sentia-me afetado quando era treinador do Olhanense e tinha quatro ou cinco meses de salários em atraso. Pressão enorme é vir para aqui trabalhar todos os dias e tentar dar o melhor aos jogadores. Estamos na frente e só dependemos de nós, é importante relembrar isto. As contas fazem-se em maio.
Jogar antes ou depois: Temos que ganhar o nosso jogo, antes ou depois dos rivais. Na época passada jogámos quase sempre depois dos nossos rivais e não foi por isso que deixámos de ser campeões.
O setor defensivo: Quando o Pepe chegou, ouvi muitos comentadores a dizer que o nosso setor defensivo era dos mais fortes da Europa, mas agora já não é. Quando o Pepe chegou, coincidiu com uma lesão do Maxi em Alvalade. Não se pode pensar que agarrámos num jogador que fez quatro ou cinco meses a central e o colocámos a lateral. Tudo foi trabalhado e tudo o que se faz é com a consciência de que estamos a colocar o onze mais forte. Se o Éder Militão joga à direita, é porque entendo que o onze do FC Porto é mais forte dessa maneira.
A conversa com Felipe: Não percebo a estranheza, muito sinceramente. Foi um jogo de grande intensidade, dos oitavos de final da Liga dos Campeões. Prefiro vê-lo irritado depois de uma derrota do que aos sorrisos, aos abraços e a combinar jantares. Ele estava irritado com uma ou outra situação do jogo e fui lá acalmá-lo, nada mais. As pessoas interpretam como querem, mas o que se passou foi exatamente isto.