Depois de empate diante do Cruz Azul (0-0 e derrota por 2-3 no desempate por grandes penalidades), o FC Porto volta a empatar diante do Chivas (2-2)…
O FC Porto encerrou a digressão no México com novo empate, agora por 2-2, diante o Chivas, campeão daquele país, no estádio Omnilife, em Guadalajara e termina assim a digressão pelo México.
O empate final a dois é penalizador para um dragão que entusiasmou no primeiro tempo e perdeu-se no segundo. Mas o FC Porto foi melhor do que se viu frente ao Cruz Azul. Está diferente e também melhor, disso não há dúvidas é a conclusão óbvia depois do segundo jogo no México e do segundo aberto ao público. Porém o crescimento tem de durar 90 minutos, não pode esbarrar no apito para o intervalo.
A equipa de Sérgio Conceição iniciou a partida com Casillas, Ricardo, Felipe, Marcano e Alex Telles; Hernâni, Oliver, André André e Otávio; Soares e Aboubakar. E realizou um primeiro tempo de elevada qualidade, num jogo que teve pouco de pré-temporada nesse período. Ricardo e Aboubakar são mesmo reforços e prometem acrescentar qualidade ao grupo.
Sérgio Conceição quer a equipa na frente e não quer grandes rendilhados, sendo já uma das característica evidente no futebol portista. O dragão não pára a pensar como vai ferir o rival. Antes, usa a força bruta para o fazer, sabe o caminho e vai por lá, sem mais questões.
Ao contrário do duelo com o Cruz Azul, a primeira parte foi claramente melhor do que a segunda e foi nessa altura que se viu aquilo que o novo líder portista pretende: futebol de processos simples, rapidez, entrega, pressão alta e autorização para rematar.
Exemplo disso é o segundo golo, pleno de qualidade. A bola passou por meia equipa portista antes de Herrera descobrir Otávio que, de cabeça, empurrou com convicção. Um lance que qualquer um, treinador ou adepto, gosta de ver.
Vê como foi o segundo golo do #FCPorto marcado por @otaviomonteiroo #SupercopaTecate #ChivasFCP pic.twitter.com/QDAM6pQVCs
— FC Porto (@FCPorto) July 20, 2017
Pena é que o segundo tempo tenha ficado bem distante em termos qualitativos. Com artistas diferentes, a amostra também foi distinta. O Chivas cresceu e ganhou confiança num golo estranho, marcado com a equipa do FC Porto parada e em posição duvidosa por parte de Macías. Já o segundo, que deu o empate, perto do final, é todo ele mérito mexicano, numa bela jogada finalizada por Viejo, perante o desamparado Vaná, em estreia absoluta com a camisola portista.
Já se percebem as ideias de Sérgio Conceição, mas falta, ainda, esticar a manta até ao mais importante: a vitória. Em quatro jogos de pré-temporada, apenas um triunfo. O teste de Guimarães pode ajudar a perceber ainda melhor até onde pode ir este dragão.
O FC Porto deixa o México ainda esta madrugada, chegando ao Porto às 16:30 horas, no domingo defrontará o Vitória de Guimarães no terceiro teste a sério da equipa de Sérgio Conceição nesta pré-temporada.