A Associação Comercial do Porto considerou hoje que apesar de a cidade não ter sido a escolhida para acolher a Agência Europeia do Medicamento (EMA) ganhou “imensa reputação e prestígio” e beneficiou de “grande” promoção internacional…
“Neste desafio competimos lado a lado com mais 18 grandes cidades europeias. Foi um trabalho árduo e muito intenso. Mostramos as nossas forças, as nossas características únicas e a nossa capacidade de unir o país pelo êxito comum”, entendeu o presidente da associação, Nuno Botelho, citado num comunicado enviado à Lusa.
Destacando o “intenso” envolvimento da cidade e do país neste processo, o responsável frisou que o Porto mostrou ser uma “cidade única, cosmopolita, equilibrada, enérgica e com muito charme histórico”.
Apesar de sair derrotada, a cidade ganhou “posicionamento e reputação” e mais visibilidade e capacidade para captar investimento, disse, acrescentando que o sucesso da candidatura é “inquestionável”.
Os ganhos para o Porto e para o país nos próximos tempos serão “imensos”, não apenas em termos institucionais e políticos, mas também turísticos e económicos, entendeu.
O Porto conquistou a vitória da descentralização, da afirmação, da projeção e do trabalho em rede, realçou Nuno Botelho.
“Estas foram as vitórias da cidade do Porto. Inequívocas. Todos nos devemos orgulhar. Estou certo que, numa próxima batalha, esta experiência e este empenho trarão ainda mais dividendos”, concluiu.
Também em comunicado, o presidente da Câmara do Porto, o independente Rui Moreira, assinalou hoje que a cidade entrou “na corrida” para acolher a sede da Agência Europeia do Medicamento (EMA) para ganhar, mas sempre soube que era uma “batalha muito difícil”.
A cidade holandesa de Amesterdão vai acolher a futura sede da Agência Europeia do Medicamento (EMA), ao bater Milão (Itália) por sorteio, após um empate na terceira volta da votação realizada hoje em Bruxelas.
Numa “corrida” na qual participava a cidade do Porto — que foi afastada na primeira volta, ao ser a sétima cidade mais votada -, Milão foi a cidade a reunir mais votos nas duas primeiras voltas, mas na terceira e última ficou empatada com Amesterdão (13 votos cada, já que um dos 27 Estados-membros teve voto nulo), havendo então necessidade de recorrer a um sorteio, tal como previam as regras, e a sorte sorriu à cidade holandesa, indicaram fontes europeias.
A EMA, cuja localização em Londres terá de mudar devido à saída do Reino Unido da UE, conta atualmente com 890 trabalhadores e recebe cerca de 35 mil representantes da indústria por ano.