Candidatar as cinco pontes metálicas de grande arco da Europa a Património Mundial da Humanidade é o objetivo que une Porto, Vila Nova de Gaia e municípios da Alemanha, França e Itália…
No âmbito do processo transnacional, realizou-se na passada sexta-feira, no Mercado Ferreira Borges, o II World Heritage Congress – Steel Bridges of Large Arch. Porto e Gaia, coorganizadoras do encontro, surgem nesta candidatura com as pontes Maria Pia (1877) e Luiz I (1886). A elas se juntam outras três estruturas monumentais dos finais do século XIX, as pontes de Garabit (1884, Ruynes-en-Margeride, França), San Michele (1889, Paderno d’Adda, Itália) e Mungsten (1897, Solingen, Alemanha).
O primeiro congresso realizou-se em Solingen, na Alemanha. Carsten Zimmermann, chefe do Departamento de Planeamento Estratégico da cidade, contou como surgiu “a ideia de elevar estas pontes a Património Mundial. Em 2017 a Ponte de Mungsten celebrou o seu 120.º aniversário e, nessa altura, pensámos em reunir os municípios que têm estas pontes para chegar ao reconhecimento mundial. Estamos muito felizes por termos iniciado este processo”.
Ficou, nessa altura, o desafio do próximo congresso ser realizado no Porto, numa organização conjunta com Gaia. “Temos a curiosidade da ponte-mãe destas travessias metálicas de grande arco ser a Ponte Maria Pia, um trabalho de Eiffel”, destacou o arquiteto Daniel Couto.
Como explicou este responsável, “o objetivo é tentar fazer o reconhecimento mundial de pontes que correspondem a uma época da Revolução Industrial, as pontes que iniciaram toda a possibilidade tecnológica e o avanço e o desafio de vencer grandes vãos”.