Plano de segurança da Red Bull Air Race é um exemplo ao nível internacional


O Plano de Segurança para o Red Bull Air Race, prova que vai realizar-se nos dias 02 e 03 de setembro no Douro, está “fechado”, indicou hoje o presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues…

“Há um reforço de policiamento a todos os níveis. Acho que não teremos riscos de maior. Está tudo controlado. Aqui o grande risco não é o concelho. O grande risco é termos 600 mil pessoas por dia em Gaia e 400 mil no Porto. Portanto é um milhão de pessoas concentradas num núcleo que tem de estar absolutamente reservado”, disse o autarca à margem da reunião de câmara que se realizou esta tarde.

Eduardo Vítor Rodrigues falou em “dispositivo de segurança impecável” que “mobiliza toda a gente”, enumerando os bombeiros, polícia municipal, PSP e polícia de investigação e explicou que o plano foi fechado em articulação entre as Câmaras do Porto e de Vila Nova de Gaia.

A Red Bull Air Race decorrerá sobre o rio Douro, com os aviões a sobrevoar a cerca de 370 quilómetros por hora as margens do Porto e Gaia, tendo como limites as pontes Luís I e Arrábida.

De acordo com informação já divulgada, o público vai poder acompanhar a ação nas margens do Douro em áreas de acesso livre, onde serão montados ecrãs gigantes.

Além do traçado no rio, a iniciativa contará com um aeroporto temporário para a corrida no Parque da Cidade, que estará aberto não público em períodos específicos, para que seja possível ver de perto os aviões e conhecer os pilotos.

“Está previsto o fechamento de zonas de acesso de público mais massificado, um fechamento que não é feito apenas com redes ou grades mas com estruturas de betão de quatro toneladas e meia para evitar qualquer tipo de risco. Trata-se de evitar o que temos visto em outras cidades que é a utilização de um veículo que aparentemente é um meio de locomoção e se transforma numa arma”, disse Eduardo Vítor Rodrigues.

Esta corrida entre aviões de acrobacia que têm como missão cumprir um percurso entre obstáculos insufláveis sobre o Douro no menor tempo possível, estreou-se em Portugal no Porto, em 2007.

Eduardo Vítor Rodrigues também adiantou que aproveitou as reuniões realizadas com a Proteção Civil para “tratar assuntos internos de Gaia sobre zonas com maior afluência”, referindo-se à zona de beira-rio, centro histórico e Jardim do Morro.

“O esquema de rua interrompida na beira-rio é para ficar”, referiu o autarca que também decidiu colocar video-vigilância em várias zonas, algo que admitiu que não lhe agrada por completo mas tem caráter “preventivo” pois serve, por exemplo, para “desincentivar os carteiristas”, entre outros casos.

O autarca aproveitou mesmo para pedir “cautela às pessoas” e disse que a videovigilância pode ser alargada, numa fase posterior, a outras zonas específicas do concelho como centralidades ou bairros sociais.