Pinto da Costa, presidente do FC Porto, protagonizou um dos momentos mais fortes da noite da 31.ª Gala dos Dragões de Ouro, quando, através de um discurso sentido e emocionado, dirigiu uma palavra particular a todos os premiados…
O Presidente do FC Porto foi mestre de cerimónia e fez questão de entregar, um a um, os 15 Dragões de Ouro. Pelo meio, vários momentos musicais, momentos de humor e vídeos que percorreram os 125 anos de história do clube.
A lista dos Dragões de Ouro 2018
No tradicional discurso de encerramento, sem cábulas nem falhas de memória, Jorge Nuno Pinto da Costa elogiou todos os Dragonados, mas há três nomes que devem ser ressalvados: Alex Telles, Casillas e Sérgio Conceição.
“O prémio foi uma escolha consciente pela importância que teve como atleta, mas também pela forma como ele sente e vibra com o FC Porto. Nunca me esqueço que no dia em que conquistaste o teu primeiro título nacional te agarraste e me disseste ‘Presidente, eu amo este clube’. É com atletas como tu que o FC Porto é cada vez maior”
Iker Casillas – Atleta do Ano
“Iker Casillas, o que se pode dizer mais? Nada. Foi campeão do Mundo por Espanha, da Europa, foi campeão de Espanha e foi, que é o mais importante, campeão pelo FC Porto. Mas este atleta sem igual, que podia ter a vaidade que muitas vezes alguns têm sem ter o seu palmarés, impressionou-me desde a primeira hora em que o conheci. É um homem extraordinário”
Sérgio Conceição – Treinador do Ano
“Sérgio Conceição não ganhou o prémio por ser campeão nacional porque se não fosse ganhava na mesma. Há valores que são insubstituíveis. Na comemoração dos 30 anos de Viena, quando ele se sentou no meu gabinete e eu lhe perguntei se ele queria ser o treinador do FC Porto, ele disse ‘Se o presidente quer que eu seja, eu serei o treinador do FC Porto’. Foi um processo difícil, mas a vontade e a determinação dele foram tão grandes que ultrapassámos todas as barreiras. A sua paixão pelo FC Porto que pode servir de exemplo a qualquer um”
O Jorge Nuno Pinto da Costa rematou o seu discurso com uma expressão que irá perdurar na memória coletiva: “O FC Porto é eterno” e abandonou o palco sob forte aplauso.
A noite terminou com o hino do FC Porto, interpretado por Gisela João, a ser entoado a uma só voz pelos portistas presentes no Coliseu. Uma noite foi muito para além disso, de uma mera entrega de troféus. Foi uma lição de portismo, mais uma, com orgulho pelo passado e olhos postos no futuro.