O Tribunal de Guimarães absolveu esta quinta-feira o presidente do FC Porto, Pinto da Costa, e o ex-vice-presidente do mesmo clube Antero Henrique dos crimes que lhe eram imputados na «Operação Fénix»…
Pinto da Costa e Antero Henrique são dos dois 54 arguidos da “Operação Fénix”, estando pronunciados, respetivamente, por sete e seis crimes de exercício ilícito da atividade de segurança privada. Em causa terem, alegadamente, contratado ou beneficiado de segurança pessoal por parte da SPDE, quando saberiam que a empresa não poderia prestar aquele tipo de serviço.
De recordar que, nas alegações finais, o procurador do Ministério Público já tinha pedido a absolvição de ambos.
Os arguidos responderam por crimes de associação criminosa, exercício ilícito da atividade de segurança privada, extorsão, coação, ofensa à integridade física qualificada, ofensas à integridade física agravadas pelo resultado morte, tráfico e mediação de armas, posse de arma proibida e favorecimento pessoal.
O advogado da “Operação Fénix” Nuno Cerejeira Namora disse à Lusa que aquele processo insere-se “numa guerra sul-norte” e aparece “enquadrado numa política para decapitar a direção do FC Porto”.
Para Nuno Cerejeira Namora este processo “foi faccioso e mesmo, nalguns segmentos, maldoso” e a acusação era “leviana, ligeira, não séria e não rigorosa”: “A acusação brincou com a vida, a profissão, a honra, o bom nome e a liberdade de muitos dos arguidos, hoje inocentados. A montanha pariu um rato. Mas, pelo caminho, deu cabo da vida a muitos arguidos, beliscou a imagem de outros e, a alguns, coartou injustamente a sua liberdade”.
O advogado elogiou ainda os juízes que julgaram o processo: “Ao absolver globalmente os arguidos, o coletivo não foi fraco, medroso ou teve mão leve. Foi sério, corajoso e sábio”.