Daniel Serrão morreu na madrugada deste domingo, aos 88 anos, vítima de problemas respiratórios decorrentes ainda de um atropelamento que sofreu em 2014, confirmou este domingo à Lusa fonte familiar…
Ex-conselheiro do Papa João Paulo II, Daniel Serrão destacou-se na medicina sobretudo pelos seus trabalhos nos campos da anatomia patológica e bioética. Morreu na madrugada deste domingo, aos 88 anos, vítima de problemas respiratórios decorrentes de um atropelamento que sofreu há mais de dois anos.
Na manhã de 16 de outubro, o médico português foi atropelado numa passadeira junto à sua casa na Rua Conde de Avranches, no Porto. Sofreu um traumatismo cranioencefálico e esteve internado.
O especialista em anatomia patológica e bioética tornou-se conhecido do grande público pelas suas opiniões contra a clonagem de embriões humanos, que sempre considerou ser um crime científico, e a eutanásia.”Se dou a alguém um medicamento ou substância com a qual ela se pode matar, estou a cometer um homicídio“, afirmou o médico numa entrevista ao jornal Notícias Médicas, em 2005, dizendo depois: “Assim como sou obrigado a respeitar a autonomia do doente, que pode não querer que lhe salve a vida, também ele deve respeitar a minha vontade de não querer matá-lo“.
Daniel Serrão Recebeu vários prémios ao longo da vida, um dos quais o Prémio Pfizer, com que foi distinguido em 1958, 1961 e 1971. Foi agraciado com a Medalha de Mérito da Ordem dos Médicos em 2002, a Medalha Serviços Distintos do Ministério da Saúde grau Ouro e a Medalha de Mérito Militar do Ministério da Defesa. Em 2008, recebeu do então Presidente da República Cavaco Silva a Grã Cruz da Ordem Militar de Santiago de Espada.
O funeral realiza-se na segunda-feira pelas 9h45, saindo da Igreja da Lapa, disse à Lusa o filho Manuel Serrão, que manifestou o desejo de que seja “respeitada a natureza privada dos atos fúnebres“.