Minuto 92, um instante para recordar


Um dos campeonato mais disputados nos últimos anos acabou com Jorge Jesus ajoelhado no relvado do Estádio do Dragão ao minuto 92…

Os encarnados haviam estado com seis pontos de distância sobre o seu principal rival na corrida ao título de campeão nacional. Deste modo, chegaram ao Estádio do Dragão, um terreno historicamente complicado para o Benfica, sabendo que uma vitória carimbava o título logo ali e seria o ponto de partida para os lisboetas fazerem a festa na cidade Invicta…

Mas o FC Porto acabaria por vencer a partida por 2-1, num encontro que perdurará na memória de portistas e benfiquistas durante muitos e longos anos, embora por razões bem distintas.

«remate de Kelvin, Jesus cai de joelhos, Vítor Pereira chora e corre desenfreadamente pelo relvado, estádio ao rubro e os portistas passam para a liderança do campeonato na penúltima jornada»

O encontro nem começou bem para a equipa da casa que sofreram o primeiro golo quando o cronómetro contava apenas 19 minutos, Maxi Pereira lança longo para a área e depois de muita confusão Lima encosta, ao segundo poste, após remate de enrolado de Garay.

Os «azuis e brancos» não tremeram e sabiam que precisavam de chegar ao golo rapidamente para travar o nervosismo que começava a instalar-se. Se pensou melhor o fez, Alex Sandro abriu para Varela que cruza e vê a bola ressaltar na perna de Maxi Pereira, traindo o guarda-redes Artur que ainda toca na bola e acaba por empurrá-la para o fundo da baliza.

O empate impedia os festejos do Benfica no Dragão, mas a vitória era o que mais interessava. O triunfo começava a parecer uma miragem, principalmente depois de James ter enviado a bola ao poste no frente a frente com Artur. Do outro lado, Hélton tem uma grande defesa e salva a equipa, essa proeza do capitão parece ter influenciado todo o grupo e Kelvin em especial.

Até que chega o minuto 92

Quando faltavam dois minutos para terminar o tempo de compensação, o brasileiro inicia a jogada no meio-campo, tabela com Liedson recebe à entrada da grande área e remata cruzado. Artur estava batido pela segunda vez.

O Estádio do Dragão pegou fogo, depois do desânimo veio a euforia! O céu era novamente azul e o FC Porto apenas precisava de vencer em Paços de Ferreira para se sagrar «bicampeão nacional».

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