Maxi Pereira passa de assobiado a aplaudido


De assobiado no jogo de apresentação contra o Nápoles, o defesa uruguaio passou a aplaudido com o V. Guimarães e na Madeira, dando razão a Pinto da Costa…

A exibição que realizou na primeira vez que pisou o Dragão de azul e branco, no jogo de apresentação aos sócios, deixou os adeptos convencidos. Estava ali um digno representante da mítica camisola.

Dragão rendeu-se a Maxi Pereira

Calma e tranquilamente, Maxi Pereira vai conquistando os adeptos do FC Porto, mesmo aqueles que o assobiaram na primeira vez em que se apresentou como jogador dos dragões, na apresentação aos sócios, contra o Nápoles.

Quando trocou o Benfica pelo FC Porto, Maxi não precisou de fazer juras de amor ou de beijar o emblema do novo clube. Bastou-lhe ser ele próprio: profissional e trabalhador, respeitando quem lhe paga o salário. Em campo, continua com a mesma raça e atitude que sempre mostrou nos encarnados ou ao serviço da seleção do Uruguai. Foi com essa mesma atitude que começou a convencer os mais céticos, aqueles que não o queriam ver com a camisola do FC Porto e que começaram por demonstrar o descontentamento pela contratação através das redes sociais. Chegou a apresentação aos sócios, com o Nápoles, e os adeptos que estavam no Dragão dividiram-se no momento em que o lateral-direito foi anunciado: ouviram-se assobios e palmas. Foi nesse mesmo jogo, contudo, que começou a convencer os portistas. Realizou uma boa exibição e foi considerado por muitos o melhor em campo.

Seguiu-se mais um jogo em casa, contra o V. Guimarães, na jornada inaugural do campeonato. Maxi já não ouviu assobios. Apenas aplausos. A contestação foi dirigida apenas ao árbitro Fábio Veríssimo, quando este repreendeu Maxi Pereira. Era um dos sinais da mudança. Na Madeira, essa tendência acentuou-se. A boa exibição que realizou foi premiada com aplausos pelos portistas que estavam nos Barreiros, e a popularidade do uruguaio já podia ser maior, se tivesse dado a vitória ao FC Porto no último lance, mas a bola bateu na trave.

Nos dias a seguir ao jogo com o Marítimo, já muitos portistas pediam que todos os jogadores tivessem a mesma atitude de Maxi. O passado como jogador do Benfica não se apaga, mas os dragões já vêem o internacional uruguaio como um jogador à Porto. E quando, na época passada, muito se falou na mística ou falta dela, Maxi provou que não é preciso estar muitos anos num clube para encarnar o espírito deste e ser até um exemplo a seguir. É por tudo isto que há muito Pinto da Costa via nele o tal jogador à Porto.

O líder tranquilo fala baixo e dá conselhos aos jovens

Maxi Pereira é visto no balneário do FC Porto como «o líder tranquilo». Não se impõe, não fala alto, mas todos o ouvem, respeitam e pedem conselhos. O defesa-direito começou o primeiro estágio do FC Porto, ainda na Alemanha, a conversar sobretudo com Casillas, até por falarem a mesma língua, mas não demorou muito até criar empatia com os restantes companheiros. Maxi gosta de conversar e são muitas as vezes em que é possível vê-lo a dar conselhos aos mais jovens. O defesa uruguaio de 31 anos é um dos jogadores mais maduros do plantel e passa a experiência que tem aos mais novos. Fonte: ojogo