Jardim Émile David – Porto

Jardim Émile David, projectado na década de 1860 pelo famoso paisagista alemão, é o cartão de visita dos Jardins do Palácio de Cristal na Cidade do Porto…

Os Jardins do Palácio de Cristal ocupam uma área de 8 hectares e foram projectados na década de 1860, pelo arquitecto paisagista alemão Émile David, no contexto da construção do então edifício do Palácio de Cristal. Actualmente, e apesar de o edifício do Palácio já não existir, conservam-se ainda muitas partes do projecto original dos jardins. Entrando pela porta principal da Rua D. Manuel II, encontramos um espaço amplo que tem o nome do seu criador: Jardim Émile David, ornamentado com várias bolas de buxo, dois chafarizes e quatro estátuas que invocam, cada uma, uma das estação do ano. Este jardim romântico continua a celebrar a harmonia da delicadeza da natureza com a perspicácia humana.

Émile David, projetou a maior parte deste vasto espaço verde no centro da cidade do Porto, na segunda metade do século XIX, como o Jardim da Cordoaria, o Jardim do Passeio Alegre, entre outros.

O Jardim Émile David recupera imagem original

Requalificado recentemente (2019), com uma intervenção valorizou a reposição do traçado paisagístico do centenário jardim, desenhado há mais de 150 anos. Compreendeu ainda a resolução de problemas ao nível da drenagem das águas pluviais.

Além das obras realizadas se terem concentrado na recuperação do traçado original dos canteiros de 1865, com recurso a arquivos e plantas históricas que contrariaram as transformações sucessivas e sobrepostas ao longo de décadas, a empreitada visou ainda a requalificação dos pavimentos e equipamentos existentes, com o restauro da fonte, estátuas, gradeamentos e bancos de jardim. Toda a vegetação foi também intervencionada e foram criadas novas redes de rega e drenagem dos pavimentos.

O programa para este jardim histórico obedece ao projeto desenvolvido pela professora Teresa Portela Marques, da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, autora do livro “Jardins do Palácio de Cristal”, encomendado e publicado pela Câmara do Porto em 2017.