FC Porto resistiu, não vendeu e não comprou


O mercado fechou em Portugal e o FC Porto não cedeu, mantém os cobiçados e inscreve excedentários, para não ficarem com os jogadores no plantel sem os poder utilizar…

O FC Porto inscreveu o avançado Alberto Bueno e o guarda-redes Fabiano, que está ainda lesionado. Apesar das inscrições todos eles podem sair para os mercados ainda abertos, como é o caso de Espanha e Turquia, entre outros.

Foi um defeso atípico no Dragão com o mercado a fechar sem novidades de última hora. Sérgio Conceição tinha dito há uns dias que esperava que ninguém saísse e mostrou-se recetivo a receber reforços. O primeiro desejo cumpriu-se, o segundo não.

Obrigados a seguir um plano de grande rigor na sequência do incumprimento das regras do fair-play financeiro por parte da UEFA, os dirigentes do FC Porto venderam um único titular indiscutível, André Silva ao AC Milan por 38 milhões de euros e fizeram ainda um encaixe significativo com Rúben Neves, 17,9 milhões ao Wolverhampton. De resto, a SAD limitou-se a negociar jogadores excedentários, atingindo cerca de 70 milhões em vendas de jogadores e gastando apenas um milhão de euros.

Apesar da cobiça a jogadores como Aboubakar, Ricardo Pereira, Marega, Marcano e sobretudo a Danilo, a verdade é que a SAD portista resistiu e não vendeu nenhum destes futebolistas.

Caras novas, só as da equipa técnica… e Vaná.

Os grandes reforços do FC Porto para esta nova época acabaram por ser jogadores que regressaram ao Dragão após empréstimos. Aboubakar pegou de estaca no ataque e é o melhor marcador da equipa, Marega tem sido titular face à lesão de Soares e Ricardo Pereira roubou o lugar na ala direita da defesa a Maxi Pereira.

Sem gastar um único tostão, o FC Porto reforçou-se em qualidade e em quantidade, com a SAD a esfregar as mãos pois estes “reforços do FC Porto a custo zero” têm um valor de mercado superior a 60 milhões de euros.

Em termos de reforços que custaram dinheiro, há apenas a registar a entrada do guarda-redes Vaná, contratado ao Feirense por um milhão de euros. Esperava-se até ao fecho do mercado que o FC Porto contratasse um avançado mas esse acabou por não chegar.

E será com eles juntamente com equipa base da época passada que Sérgio Conceição e a sua equipa técnica vai tentam colocar ponto final a um período de jejum de títulos que já vai em quatro temporadas.

Aliança portuense com a cedencia de de Rui Pedro ao Boavista.

De resto, apenas três novidades, com os dragões a ceder por empréstimo João Carlos Teixeira ao Sp. Braga, médio sem espaço no plantel, e ainda o jovem avançado Rui Pedro, que vai rodar um ano no Boavista. O guarda-redes mexicano Raúl Gudiño, que estava na equipa B, foi também cedido ao Apoel do Chipre.

As renovações é o passo seguinte.

A SAD tem agora três casos para resolver, do ponto de vista desportivo e financeiro. Aboubakar, Marcano e Diego Reyes entram no último ano dos respetivos contratos, segundo os dados constantes do Relatório e Contas divulgado a 28 de fevereiro. Estes jogadores representaram um investimento aproximado de 10 milhões de euros para os cofres portistas.

Iván Marcano faz parte do leque de capitães e à partida, é um processo de fácil resolução. Vincent Aboubakar que já terá recebido uma proposta da SAD, embora possa parecer um processo complicado tem boas probabilidades de sucesso, sendo Diego Reyes o processo mais difícil.