FC Porto-Benfica, 1-0. Vitória portista no Dragão, no primeiro clássico do campeonato, da época 2015/16. André André fez o único golo da partida, o primeiro que marcou na Liga ao serviço do FC Porto…
O FC Porto recebeu o Benfica, no primeiro clássico da época, à 5.ª jornada. E à terceira Lopetegui conseguiu mesmo ganhar ao Benfica (depois do 0-2 e 0-0 da época passada), FC Porto-Benfica, 1-0. André André, quando faltavam quatro minutos para os 90’, carimbou a vitória portista.
Foi um triunfo suado e justo, pela superioridade que o FC Porto exibiu sobre o Benfica no segundo tempo. Um jogo com muita intensidade e fases de bom futebol. E também teve momentos de tensão e nervosismo que poderiam ter comprometido o resto do encontro. O FC Porto teve querer, teve coração, teve oportunidades, mas, em períodos decisivos do encontro, não teve cabeça nem discernimento para «matar» mais cedo o duelo a seu favor.
Os pupilos de Lopetegui apresentaram-se este domingo frente ao Benfica mais conservadores do que o normal, com um meio-campo composto por Rúben Neves, Imbula e André André. Apesar disso, os portistas conseguiram dominar os instantes iniciais do encontro, mas acabou por ser o Benfica quem teve as duas melhores oportunidades nesse período.
Mitroglou e Luisão, na sequência de dois cantos, viram Casillas negar-lhes o golo com duas enormes estiradas e ficaram-se por aqui as situações de perigo das ‘águias’ no primeiro tempo. Do outro lado, Brahimi e Aboubakar fabricaram a melhor jogada do FC Porto, com Marcano, na recarga, a ver ser-lhe marcado fora de jogo.
Depois de uma primeira parte com um Benfica globalmente mais equilibrado e um FC Porto forte a abrir e a fechar, mas com fases de instabilidade e até algum nervosismo, a metade complementar mostrou clara superioridade portista (bem visível no remate ao poste de Aboubakar e no lance em que o camaronês atirou às malhas).
Os ‘dragões’ foram quase sempre melhores que o seu adversário e só a espaços o Benfica conseguiu criar perigo e sempre por Mitroglou. O FC Porto sentia que estava mais perto de ganhar, embora nem sempre tenha sabido fazer por isso.
Lopetegui tirava Aboubakar, exausto, punha o sangue fresco de Osvaldo. Mas seria outra carta saída do banco, Varela, a ser decisivo no golo, ao assistir André André para o único golo do jogo. Quando o empate parecia ser o resultado final, aos 86’, André André tabela com o recém-entrado Varela e, só com Júlio César pela frente, finaliza com classe, carimbando a 13.ª vitória consecutiva em jogos do campeonato, desde a derrota por 2-0, precisamente contra o Benfica. Esta foi a vitória 50 do FC Porto em jogos contra o Benfica.
Com este resultado, o FC Porto mantém-se na liderança, com 13 pontos, mais três do que o Sporting, que ainda não jogou nesta jornada. O Benfica é terceiro com 9 pontos, tantos como o Estoril.
Melhor em campo: André André apontou o golo da vitória, estreando-se a marcar, com a camisola portista. O jogador merece a distinção depois de ter carregado a equipa para a frente no segundo tempo.
Julen Lopetegui: O treinador do FC Porto apostou num onze mais conservador, fazendo regressar Imbula ao centro do terreno e apostando nas diagonais de Corona. Tentou mexer com o jogo ao colocar Varela dentro de campo na segunda parte. Decisão acertada já que este assistiu André André para o golo da vitória. Danilo entrou para o lugar de Rúben Neves e deu maior equilíbrio e Osvaldo não teve tempo para demonstrar o seu futebol.
Rui Vitória: Apresentou André Almeia no onze e a estratégia quase resultou. Com uma equipa personalizada, o Benfica teve algum domínio no primeiro tempo, mas foi-se abaixo na segunda metade. Menos bem nas alterações que o seu rival, Vitória tentou reforçar o centro do terreno com Talisca e Pizzi e as alterações revelaram-se ineficazes.
Artur Soares Dias: O árbitro geriu bem o encontro, sem se destacar, pela negativa. Artur Soares Dias teve um lance de complicada análise no primeiro tempo, mas o fora de jogo assinalado a Marcano, revelou-se correto. No segundo tempo, lance dúbio com Maxi Pereira, aos 51′, que podia ter levado à expulsão do ex-Benfica. Contudo, o juiz do encontro resistiu a mostrar o segundo amarelo, mas mal. Ainda, o árbitro resistiu à hipótese de assinalar um penálti a favor dos homens da casa e fê-lo bem, uma vez que Jardel terá tocado com a mão na bola, mas fora da área. No contexto geral, nota positiva para o juiz.