FC Porto a crescer jogo após jogo


Os sinais positivos que se viram contra o Chivas tiveram continuidade em Guimarães. FC Porto a crescer de jogo para jogo, novamente com um primeiro tempo muito bom, que ficou a pedir outra continuidade, mas que o rumo que o jogo levou não ajudou…

Um FC Porto em remodelação mas que caminha a passos largos para a solidez. Jogo após jogo vês-se que FC Porto está a crescer. O triunfo em Guimarães, num particular que foi quase a sério, ajudam a lá chegar.

De facto, só no nome o jogo foi amigável. Não que tenha sido violento. Foi, isso sim, disputado do princípio ao fim. Controlado pelo FC Porto durante toda a primeira metade, dividido a partir do momento da expulsão de André André.

O FC Porto já entra mandão, no já habitual 4-4-2 de Sérgio Conceição. Com segurança defensiva, segurança das grandes equipas, que nem com dez abanam.

O resultado do que se tem visto deste novo FC Porto é uma mensagem aos candidatos: o FC Porto quase não tem reforços (embora tenha várias novidades) mas tem estabilidade para fazer uma equipa que honre os pergaminhos do clube. Os primeiros sinais, pelo menos, são animadores.

Aboubakar: O camaronês regressou do Besiktas de pé quente, tendo marcado pelo segundo jogo consecutivo, aumentando para três o número de remates certeiros na pré-temporada. Batalhador na frente, como é seu timbre, aproveitou a oportunidade que dispôs aos 21 minutos para ir à cara de Douglas inaugurar o marcador sem dificuldades.

Soares: Regresso a uma casa que bem conhece, fazendo com Aboubakar uma dupla pujante no ataque azul e branco. Oportuno, não desperdiçou o mau atraso de Josué para marcar o segundo da equipa de Sérgio Conceição. Antes de marcar já tinha atirado uma bola ao ferro e tentou surpreender Douglas com um remate do meio campo.

Ricardo: Primou a sua exibição pela competência, não dando espaços defensivamente mostrando-se sempre como uma opção válida na manobra ofensiva. Fez também da sua polivalência uma mais-valia, uma vez que começou a lateral e acabou a extremo. Fez as duas posições de forma irrepreensível e ficou perto de marcar minutos antes de ser substituído. Foi considerado pelos jornalistas a figura do encontro.

Óliver Torres: Dá-se bem com o sistema implementado por Sérgio Conceição, sentiu-se confortável com o domínio portista e com a bola a passar constantemente pela sua zona de ação. Fez várias triangulações interessantes, auxiliando a que a manobra ofensiva dos dragões saísse fluída.

Otávio: Irreverente como habitual, deu mobilidade ao setor intermediário dos dragões. Foi preponderante na primeira fase do encontro, em que o FC Porto assumiu as rédeas do jogo de forma vincada. Nos primeiros minutos teve duas chances para abanar as redes adversárias, mas pecou no capítulo da finalização.