Construção da nova ponte sobre o Douro em discussão


Esta terça-feira irá a reunião de Executivo, por proposta do Presidente da Câmara do Porto, o protocolo de cooperação a estabelecer com o Município de Gaia para a construção da nova ponte sobre o Douro…

A decisão constitui o arranque formal de um processo que agilizará uma série de procedimentos, “como a elaboração de estudos de impacto ambiental e de mobilidade mais aprofundados, elaboração de cadernos de encargos e programas de concursos, pedidos de pareceres, que seguirão o seu normal caminho de validação e aprovação”, enuncia o documento.

O anúncio da futura ponte que ligará as margens das cidades de Porto e Gaia foi feito pelos dois presidentes de Câmara em abril deste ano. Durante este período, iniciou-se um debate informal sobre a decisão política que agora toma forma definitiva, com o protocolo de cooperação que será estabelecido entre os Municípios do Porto e de Gaia, e que Rui Moreira leva amanhã a reunião de Executivo.

A Ponte D. António Francisco dos Santos vai nascer entre as já existentes de São João e do Freixo. A obra, muito importante para a região, será totalmente paga pelos dois municípios. Em homenagem ao antigo bispo do Porto, a nova ponte receberá o nome D. António Francisco dos Santos.

Será a sétima travessia sobre o rio Douro e vai unir os dois concelhos entre a zona de Campanhã, no Porto, e Oliveira do Douro, em Vila Nova de Gaia. Na cerimónia que esta manhã se realizou no Laboratório Edgar Cardoso, conduzida pelos dois autarcas – Rui Moreira e Eduardo Vítor Rodrigues – ficou a saber-se que a nova ponte será construída na zona mais estreita do rio, à cota baixa, entre a ponte de São João e a do Freixo, local em que as duas margens distam apenas 250 metros.

Estima-se que a obra esteja concluída nos próximos quatro anos e, referiu Rui Moreira, “terá um custo conservador de cerca de 12 milhões de euros”, integralmente assumidos pelos dois municípios em partes iguais, sem recurso a financiamento externo. Mais ainda, esta nova ligação permitirá prosseguir a política de mobilidade articulada entre os dois territórios, que passará, numa outra fase, por pedonalizar o tabuleiro inferior da Ponte Luís I e intervir na Ponte D. Maria, tornando-a transitável para peões e bicicletas.