Candidatura à AEM só contempla Lisboa. O Porto que saber porque?


Rui Moreira não está sozinho nesta aspiração do Norte em receber a EMA – Agência Europeia do Medicamento, varias entidades do Norte também questionam o porquê da candidatura Portuguesa só contemplar Lisboa…

Em declarações à Lusa o presidente da SRNOM – Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos considerou que “esta decisão é incompreensível porque o Norte tem o principal Health Cluster do país, tem duas das mais importantes faculdades de medicina, tem as principais indústrias farmacêuticas de referência a nível nacional, tem os principais centros de investigação clínica e tem instalações. Lisboa já tem duas agências europeias”.

“Temos todas as condições para que o Norte possa ser escolhido para receber a Agência Europeia do Medicamento. Nós achamos que é um fator importantíssimo de desenvolvimento para a região e é incompreensível esta tomada de posição do Governo”, frisou.

A decisão do Governo já hoje foi contestada pela Câmara do Porto que, em comunicado, pediu também a divulgação pública dos estudos que serviram de base à decisão de apenas candidatar Lisboa como localização para instalação em Portugal da Agência Europeia do Medicamento (EMA).

Nas declarações que prestou à Lusa, António Araújo disse que a SRNOM está a organizar um encontro para discutir esta questão da localização da EMA para o qual foram convidado, além do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, os responsáveis do Health Cluster, os diretores das faculdades de medicina e os presidentes dos conselhos de administração das indústrias farmacêuticas, do Norte, entre outras personalidade.

A data do encontro ainda não foi decidida, mas “será ainda este mês”, disse António Araújo, que é também diretor do Serviço de Oncologia Médica do Centro Hospitalar do Porto e Professor Auxiliar Convidado do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar – Universidade do Porto.

“Rui Moreira não está sozinho nesta aspiração do Norte em receber a Agência Europeia do Medicamento”, afirmou António Araújo, considerando que as posições do autarca nesta matéria “fazem sentido, porque a decisão é incompreensível e porque não se conhecem, em concreto, as premissas desse relatório que levam à conclusão de que Lisboa seria o local ideal para receber a agência”.