Agressão do adepto a Pizzi só serve para branquear os erros no clássico


O Benfica acha que o incidente não passará impune e serve-se dele branquear e a explicar o inexplicável. No decorrer da próxima semana, será conhecida a decisão por parte do Conselho de Disciplina da FPF…

Na sequência da agressão de um adepto portista a Pizzi, no Estádio do Dragão, na última sexta-feira, no Clássico diante o Benfica, o FC Porto pode ser punido com a realização de um ou dois jogos à porta fechada ou com uma multa.

A decisão compete ao Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), tendo em conta o relatório da equipa de arbitragem.

Ora, se não houve agressão a um interveniente do jogo, Pizzi já tinha sido substituído e não estava em campo, alem disso o árbitro não interrompeu a partida por causa da invasão. Nesse sentido, o CD deve considerar o ato uma “agressão simples” e não uma “invasão e distúrbios”, por isso justifica-se apenas uma multa, castigar o FC Porto com um jogo à porta fechada não faz qualquer sentido.

Este ato não deixa de ser grave. Mas mais grave é estarem a usa-lo para branquear a verdade desportiva, o que realmente esta mal é a qualidade das arbitragens. Bem visível no clássico do Dragão, onde o Benfica sai com 2 pontos dados pela equipa de arbitragem.

O árbitros são seres humanos e, como tal, também erram, é normal… mas deixa de ser normal quando erram demasiadas vezes e sempre a favorecer os mesmos. A diferença de critérios tem sido um cancro esta época no futebol português, alguns árbitros aplicam de forma diferente as universais regras do futebol, é algo de inexplicável, ainda para mais quando o vídeo-árbitro é já uma realidade.

Esse é que é o verdadeiro problema… Só não vê quem não quer! Quem mostra o vermelho a estes senhores?

Ao cabo de 13 jornadas de campeonato, pode-se contabilizar oito penáltis por assinalar a favor do FC Porto, dois deles em jogos em que os dragões perdem pontos. Como portista hoje sinto-me orgulhoso deste FC Porto, mas também sinto alguma revolta por verificar esta impunidade que vai beneficiando sempre os mesmos.

Ao futebol português falta coragem para modificar o que realmente esta mal, é bem mais fácil direcionar as culpas para os clubes e seus diretores de comunicação. Vivemos na era digital e as organizações não têm outra escolha senão abraçar a mudança para poderem sobreviver e prosperar, nos dias que correm qualquer erro ou má decisão têm um impacto e visibilidade como outrora nunca teve.